Cresce procura por vaga nos hotéis e pousadas para os dias do Festival de Alegre
Fonte : (Ana Paula Fassarella - Gazeta Sul)
Os moradores de Alegre já estão contando os dias para a chegada do 25º Festival de Música. "É um clima muito bom durante o Festival. A cidade fica lotada. Tem turistas de tudo quanto é lugar do Espírito Santo, e de vários outros Estados", diz o taxista Marco Antônio da Silva. "Além do mais, nós não paramos de levar as pessoas pra lá e pra cá, tem trabalho o tempo inteiro", comenta.
No setor de hotelaria, a expectativa também é grande. No hotel da dona Marlene Carias, dos 20 quartos, apenas três ainda não foram reservados para os dias do Festival de Música, de 10 a 13 de junho. O pacote por pessoa, para os quatro dias, varia de 200 a 250 reais. A proprietária está animada para receber os foliões, que vêm principalmente do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. "O telefone não pára de tocar. É gente querendo saber preços, informações sobre o hotel, outros que querem fazer reservas. E como Alegre não tem estrutura hoteleira para receber todos os turistas, então as cidades do entorno também acabam se beneficiando, o que é ótimo", comemora dona Marlene.
Esse é o caso de Guaçuí, que fica a aproximadamente 20 quilômetros de Alegre. Num dos hotéis que ficam no centro da cidade, metade das 90 acomodações, em 50 quartos e suítes, já está reservada para os dias do Festival. "As pessoas ligam, mandam e-mail. A expectativa é de que até o fim do mês não exista mais nenhuma vaga. Isso também porque tem o feriadão de Corpus Christi. Mas o fato de não ter tido Festival no ano passado com certeza deixa as pessoas com mais vontade de vir pra essa festa, e consequentemente, todos os hotéis devem ficar lotados", afirma Josiane Martins, gerente de hotel.
Em Jerônimo Monteiro, outra cidade próxima a Alegre, dona Sideni André da Silva está preprando o hotel para receber os turistas. Já começou a pintar as paredes e comprou colchões novos. "Por enquanto, não tenho muitas reservas, mas a procura é grande. Acredito que, como nos outros anos, não vai sobrar sequer um quarto vazio". Sobre o motivo da procura na rede hoteleira de municípios do entorno de Alegre, mesmo com vagas na cidade que sedia o Festival, dona Sideni afirma que a tranquilidade é um atrativo. "A maioria das pessoas que vêm aqui para Jerônimo Monteiro no período do Festival são mais velhas, vêm para a região pela primeira vez, por curiosidade de saber como é a festa, mas não querem ficar no meio do tumulto em Alegre, até porque têm medo de que seja inseguro", explica.
Dona Sideni pensou até naqueles que aparecem de última hora querendo um lugar para dormir. A sala onde funcionava a recepção vai ser um espaço para quem precisar de uma vaguinha para descansar. "É só jogar um colchão no chão e pronto, dá pra passar a noite, ou pelo menos algumas horas", brinca. "O preço, a gente combina".
