Riscos de intoxicação estão em toda a casa
Fonte : (Laila Magesk - Da Redação Multimídia)
Colocar remédio no alto ou avisar as crianças que não podem mexer em certos objetos nem sempre traz resultados positivos. Dentre os cuidados com a casa não podemos esquecer dos produtos tóxicos. E da atenção especial, principalmente, para quem tem crianças no lar. Elas não sabem o risco que determinados produtos com características até chamativas, como cores vivas, podem trazer à saúde. No site do Ministério da Saúde encontramos dicas importantes para evitar acidentes e intoxicações domésticas.
Leia mais sobre saúde no www.gazetaonline.com.br/vidasaudavel A primeira atitude é manter todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade e manipulação. Em segundo, leia atentamente os rótulos antes de usá-los e siga as instruções cuidadosamente. Detergentes, sabões em pó, inseticidas e outros devem ser guardados longe dos alimentos e dos medicamentos.
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Para prevenir acidentes, mantenha-os nas suas embalagens originais. Nunca os coloque em embalagens de refrigerantes ou sucos. Outro destaque é em relação aos produtos de fabricação clandestina e ilegal. Esses, normalmente, são comercializados de "porta-em-porta", com a promessa de serem "mais fortes e menos tóxicos", além de mais baratos. Na realidade, por serem em geral mais concentrados, causam intoxicação com maior frequência e de maior gravidade que os fabricados legalmente.
CriançasA Chefe do Núcleo de Intoxicações da Secretaria de Saúde do Estado, Sony de Freitas Itho, explica que as crianças são as mais atingidas. "Em 2007, foram 7.642 casos de intoxicação de maneira geral no Espírito Santo, sendo quase 2.500 casos em crianças menores de 10 anos. Na faixa etária de 1 a 4 anos concentra-se a maior parte, 1.718", relata. Segundo ela, isso se dá devido ao desenvolvimento natural da criança, inexperiência dos cuidadores que normalmente desconhecem a toxidade dos produtos e da própria indústria farmacêutica. "Hoje os medicamentos são mais agradáveis e têm sabores e cores atraentes, além de não possuírem tampa de segurança", diz.
A médica alerta para a forma mais comum de intoxicação no Brasil e no exterior: por medicamentos. "Quase 700 crianças entre 1 e 4 anos foram intoxicadas por remédios, como pílulas anticoncepcionais, analgésicos e anti-inflamatórios", destaca. O ideal é prevenir, mas se acontecer algum acidente, ligue para um médico que já atenda a criança ou para o Toxcen
0800 2839904. Vinte e quatro horas por dia uma equipe está preparada para atender a população. "Fora picadas de animais peçonhentos, a intoxicação doméstica normalmente não leva a óbito. Os pais não devem se desesperar e nem dar leite, forçar vômito ou qualquer outra coisa. O leite pode, dependendo do caso, agravar o estado", alerta.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitoxo), os produtos tóxicos são divididos em: domissanitários, cosméticos, químicos e raticidas. Seguem abaixo informações sobre cada um deles.
foto: reprodução

A primeira atitude é manter todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade e manipulação
Como evitar?
* Não deixe medicamento ao alcance de crianças. Elas podem fazer "escadas" com cadeiras e alcançar produtos em locais mais altos. Guarde-os em armários trancados à chave.
* Combata a automedicação. Procure um médico. É o melhor remédio!
* Não dê remédios no escuro para evitar trocas perigosas.
* Não misture produtos de limpeza e higiene, inseticidas outros produtos químicos com alimentos. Reserve-os em local de difícil acesso, mantendo-os em seus recipientes originais.
* Evite tomar medicamentos na frente das crianças. Ela pode imitar!
* Trate o medicamento como remédio e não como "docinho" ou "balinha".
* Após o uso, principalmente de antibióticos, jogue o restante no vaso e dê descarga.
* Leia sempre o rótulo e instruções antes de usar qualquer produto ou medicamento.
* Conheça as plantas que estão dentro ou próximas da sua casa. Ensine as crianças a admirá-las sem pegá-las ou levá-las à boca.
Domissanitários - compreendem os saneantes (produtos de limpeza) que são substâncias ou preparos destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar de ambientes coletivos e/ou públicos, de lugares de uso comum e no tratamento de água; detergentes e similares; sabões; polidores; alvejantes; desinfetantes; desodorizantes; esterilizantes; algicidas e fungicidas para piscina; desinfetantes de água para consumo humano; água sanitária; produtos biológicos à base de micro-organismos viáveis para o tratamento de sistemas sépticos, tubulações sanitárias de águas servidas, com a finalidade de degradar matéria orgânica e reduzir odores.
Cosméticos - são produtos de higiene pessoal, utilizados na pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral.
Produtos Químicos Industriais - são derivados de petróleo, inalantes, tintas e vernizes, colas e adesivos, álcool, gases, monóxido de carbono, cola de sapateiro (uso indevido como droga de abuso), etc.
Raticidas - são produtos desinfestantes destinados à aplicação em domicílios e áreas comuns, no interior de instalações, edifícios públicos ou coletivos e ambientes para controle de roedores.
Veja a lista de produtos potencialmente tóxicos: CozinhaDesentupidores, desinfetantes, sabões, detergentes e desengordurantes de fogão.
Área de serviçoSolventes, tintas, alvejantes, inseticidas, raticidas, álcool, gás de cozinha, sabão em pó, ceras e fertilizantes.
SalaBebidas alcoólicas e plantas ornamentais.
QuartoInseticidas, naftalina, remédios e perfumes.
BanheiroRemédios, perfumes, cosméticos, talco e desodorizantes de ambiente.
JardimPlantas ornamentais, aranhas, escorpiões, cobras e insetos.
(Com informações do Ministério da Saúde e da Secretária de Estado de Saúde)